quinta-feira, 24 de março de 2011

Deputado Jean Willys(ex-BBB)confronta bancada conservadora...






É um chiste fácil, no Brasil, desdenhar dos políticos eleitos por razões que não nos parecem nobres, como por exemplo, por terem participado de um reality show na TV. De que nos servirá – pensamos – alguém cujo ponto alto do currículo foi trocar banalidades com o Pedro Bial no BBB? É um preconceito como qualquer outro, e uma forma de elitismo, pensarmos que jamais nos servirá de coisa alguma.




Jean Wyllys, com uma frase simples na matéria abaixo, dá um exemplo não apenas de rara intelectualidade na política, mas de que ele, “ex-BBB”, é uma das maiores vozes de esperança para a comunidade LGBT no Brasil.



O estilo sóbrio do debate é a maior arma contra que a conservadora bancada evangélica. Ela terá de engolir, a contragosto, argumentos racionais, como por exemplo de que a homofobia não necessariamente faz parte do cânone do cristianismo.



Eu, que um dia fui um pseudointelectual que desdenhava excessivamente da Copa do Mundo, hoje preciso engolir também meu desdém por ex-BBB’s.



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Esquenta briga no Congresso Nacional a favor dos direitos dos gays


Eternos adversários no Congresso, os defensores dos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e a bancada evangélica se preparam para duros embates com a chegada de Jean Wyllys (PSOL) e a volta da ex-deputada e agora senadora Marta Suplicy (PT-SP). No último dia 24, Jean foi à tribuna da Câmara, apresentou-se como primeiro deputado representante legítimo da comunidade e avisou que coletará assinaturas para a proposta de emenda constitucional (PEC) que garante o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.



No contra-ataque, a frente parlamentar evangélica fez sua primeira reunião na quinta-feira (3), quando traçou a estratégia de ação conjunta dos 75 parlamentares que compõem o colegiado (72 deputados e três senadores). Em relação à última legislatura, quando foram eleitos 36 parlamentares evangélicos, a bancada recuperou a capacidade de articulação no Congresso. Na pauta da primeira reunião, foi discutido o acompanhamento de projetos que tramitam no Congresso e contrariam princípios que a bancada defende.



Entre os alvos da bancada evangélica está o projeto que criminaliza a homofobia, já aprovado na Câmara e pendente de decisão no Senado. A proposta tem como relatora a senadora Marta Suplicy, que desarquivou o projeto. De acordo com o presidente da frente, deputado João Campos (PSDB-GO), o projeto tem que ser modificado porque fere a liberdade de expressão. Segundo o parlamentar, não é possível aceitar que os pastores e evangélicos não possam dizer que homossexualismo é pecado, porque esse é um dos princípios que defendem e está na Bíblia.



Jean Wyllys tem conversado com colegas de plenário para tentar reativar a frente mista em defesa da cidadania, além do apoio à PEC do casamento civil entre homossexuais.



- Não quero os integrantes da bancada evangélica como meus inimigos. Quando há um conflito de ideias, temos opositores, e uma parte vence a outra com argumentos – disse o parlamentar.



A adesão à frente vem crescendo, e mais de 70 parlamentares já assinaram o documento para a sua criação. O maior problema será o apoio à PEC do casamento civil. Evangélica, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) foi procurada por Wyllys, mas preferiu não assinar.



A senadora Marta Suplicy, que desarquivou a proposta legalizando a união estável, admite que a iniciativa do casamento civil, sugerida por Wyllys, é mais ampla:







- Decidi desarquivar o projeto de união estável. Acho que tem mais possibilidade no Senado, não é PEC. Mas é importante caminharmos juntos. Se passar o casamento civil, a união cai. O casamento é o objetivo dos homossexuais. A iniciativa do Jean é ousada e corajosa, provoca a discussão necessária.


JEAN WILLYS,É GRANDE EXEMPLO DE PERSERVERANÇA E FORÇA NA LUTA PELOS DIREITOS LGBT...

Cadavez mais o admiro como político e ser humano...espero que surjam cada vez mais pessoas com a  mesma fibra e compromisso  na comunidade LGBT....esses exemplos merecem ser destacados até mesmo como estímulo para nós....

terça-feira, 22 de março de 2011

FUTEBOL CONTRA O PRECONCEITO




De um lado, 18 jogadoras vestindo peruca, saia, meia-calça e salto alto tentavam com os pés, a cabeça e até os braços marcar um gol. No outro canto da quadra, o time adversário, composto por 11 homens com chuteira, calção e uniforme, tentava com a mesma falta de habilidade tomar a bola das moças. A cena inusitada aconteceu durante o “Futebol de Drag Queens”, evento realizado no fim da tarde deste domingo (20), na esquina das ruas João de Barros e Brigadeiro Galvão, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.

Os times duelaram no meio da rua, em um cercado improvisado. As regras do esporte acabaram deixadas de lado assim que o pontapé inicial foi dado. Jogadores de ambos os lados pareceram esquecer que o futebol deve ser jogado com os pés e passaram a usar as mãos. Entre uma piada e outra, a juíza e transformista Silvetty Montilla tentava alertar os times. “Futebol é com o pé. Coloca a bola no chão”, gritava, em vão, a árbitra.




A divertida partida acontece anualmente em comemoração ao aniversário da casa noturna gay Blue Space, que fica na região. O time de drag queens contou com reforços de peso, como Márcia Pantera. “O outro time tem vantagem. Eles estão ‘de menino’”, afirmou a transformista que tem mais de 1,90 metro de altura, referindo-se à equipe formada por funcionários da boate.



O primeiro gol foi marcado pelo time das drags. Após uma disputa envolvendo sete jogadores, a bola sobrou para uma das transformistas, que, com a mão, abriu o marcador. Em seguida, o goleiro do time masculino se atrapalhou ao fazer uma defesa e colocou a bola dentro de sua própria meta.



A reação aconteceu logo em seguida, quando um dos jogadores do outro time, abraçado à bola, invadiu o gol adversário. Daí em diante, o caos imperou e não foi mais possível calcular o placar. A bola, de cor azul, era chutada e arremessada pelos jogadores e pelos torcedores, que chegaram a marcar gols.


A mais animada das jogadoras era a famosa Salete Campari. Questionada a respeito da empolgação, afirmou: “Vai que tem algum olheiro de algum time aqui que me descobre? Quero estar na seleção na próxima copa e ganhar um massagista só para mim.”




Além do público que frequenta a boate, famílias e crianças assistiam ao jogo com interesse. “É uma brincadeira muito bacana. E serve para ensinar as pessoas, principalmente as crianças, a conviverem com as diferenças”, afirmou o empresário José Vitor, proprietário da Blue Space.





Muito interessante essa iniciativa,é uma forma legal de chamar a atenção da sociedade para a realidade,é preciso saber conviver com a diversidade,isso é questão de educação inclusive...parabéns meninassss,vcs
arrasarammmmm...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Lembracinha do último Natal...







Olá pessoal essas são algumas fotos que fiz no último Natal,mas não tinha divulgado ainda..
Bom,nesse ensaio fiz algumas fotos muito "polêmicas"...vcs devem estar imaginando como seriam, não?  Isso mesmo,fotos do meu brinquedinho rsrs, mas  não sei se estou preparada para exibi-las,enquanto  crio coragem deleitem-se com esse arquivo...

sexta-feira, 11 de março de 2011

DO CARNAVAL FICARAM AS LEMBRANÇAS








Foi  muito gostoso poder sentir a energia da Bahia nesta que é a principal festa do país,
restaram muitas saudades de amigos que fiz e precisaram partir,dos flashes,bastidores e performers....
Estou me recuperando ainda pq depois de gastar tanta energia,a ressaca é grande (rsrs)
Fiquei tb feliz ao ver minha Vai Vai (escola de samba ) vencer em São Paulo mas não tanto pela Beija Flor conquistar o sexto título na Sapucaí,pois  na minha opinião a Tijuca teve mais méritos afinal é a escola sensação,sob o comando do novo mestre Paulo Barros,é a que fez o público ir ao delírio com um enredo super inovador e interessante...sabe-se lá o que ocorre por debaixo dos panos,melhor não comentar essa parte
A minha Mocidade,como sempre garfada,fez um desfile compacto,correto e sequer conseguiu estar entre as 6,pq será?..
Espero que o juri seja mais justo das proximas vezes


ANO QUE VEM TEM MAIS....


terça-feira, 1 de março de 2011

CNJ arquiva ação contra juíza que condenou militar gay





O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (1º) arquivar o recurso do sargento do Exército Laci Araújo contra a decisão de não punir a juíza Zilah Maria Petersen, que o condenou por deserção. A condenação pela Justiça Militar ocorreu em 2008, depois que Araújo assumiu publicamente um relacionamento homossexual com outro militar. Ele alegou "preconceito" na decisão.




O CNJ já havia decidido que a juíza não tinha agido motivada por preconceito. Araújo então recorreu, pedindo que o caso fosse analisado pelo plenário do conselho. Nesta terça, a relatora, ministra Eliana Calmon, apresentou voto contra o recurso de Araújo. Os demais ministros seguiram o voto da relatora.



Laci Araújo foi condenado pela Justiça Militar em 2008 por deserção por não ter se apresentado ao serviço por cerca de uma semana. Dias antes, ele havia concedido entrevista à revista "Época" em que admitiu ter um relacionamento homossexual com um então colega de Exército, o sargento Fernando Alcântara.



Os dois chegaram a ser presos - Araújo por deserção e Alcântara por uso irregular do uniforme. Alcântara pediu desligamento do serviço militar. Apesar de condenado, Araújo recorreu e continua nos quadros no Exército.



À Justiça Militar, o sargento Laci Araújo negou que tivesse desertado e afirmou que não compareceu ao serviço por problemas de saúde. Há uma ação na Justiça Federal de Brasília em que ele pede a comprovação de que os atestados e laudos médicos apresentados à Justiça Militar são verdadeiros.



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Tropa não obedece a militar homossexual, diz general no Senado 'Alexandre, o Grande, era homossexual e a tropa obedecia', diz ex-sargento gay O ex-sargento Fernando Alcântara afirmou que já esperava o posicionamento do CNJ. "Não logramos êxito porque para conseguir processar um magistrado no país é difícil. Eles não vislumbraram abusos por parte da juíza, mas acho que há certo corporativismo. Mas isso é um posicionamento meu. Mesmo assim, consideramos positivo porque um juiz militar foi levado ao plenário do CNJ."



"É triste porque o CNJ diz, com essa decisão, que não se fez nada de errado no processo. Mas a gente entende que ela agiu por preconceito. Isso fragiliza a história que não é só minha nem do Laci. É de centenas de pessoas que sofrem preconceito nas Forças Armadas", afirma Alcântara.



No fim do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia rejeitado um agravo de instrumento de Araújo, em que ele alegou cerceamento de defesa e pedia a anulação da condenação por deserção. O caso foi relatado pela ministra Ellen Gracie. Na decisão, ela entendeu que o STF não era a instância adequada para julgar o caso porque não havia questão constitucional no processo.



Corte Interamericana

Companheiro do sargento Araújo, Fernando Alcântara afirmou que pretende agora ingressar com ação na Corte Interamericana de Direitos Humanos, com sede na Costa Rica.



"Para a gente, essas decisões (do CNJ e do STF) são importantes porque a gente pode agora ir à Corte Interamericana. Se Ellen Gracie pedisse a anulação do processo, tinha que começar tudo de novo na Justiça Militar, e seria um calvário. Queremos o reconhecimento do Estado de que houve perseguição política homofóbica. A Justiça brasileira não consegue reconhecer isso até pela força que têm as Forças Armadas."



Alcântara disse que ele e Araújo também cogitam pedir asilo político a outro país, por meio da Corte Interamericana. Eles afirmam sofrer perseguição.