sábado, 8 de outubro de 2011

CONHEÇA A INCRÍVEL HISTÓRIA DAS HIJRAS,AS TRANSEXUAIS DA ÁSIA QUE VIVEM UMA OUTRA REALIDADE





As hijras, que são os transgêneros e intersexuais MtF (Male to Female, "de Homem para Mulher", em português) da Índia, do Paquistão e de Bangladesh, ainda estão envoltos em enigma e mistério e pouco é sabido sobre eles no ocidente.
Entre os indianos da cidade de Varanasi, ao norte da Índia, rituais de castração ou de se vestir como mulher é aceito e explicado culturalmente, como entre os hijras e os jankhas. Muitos homens são castrados pelas sacerdotisas para servirem de escravos a elas, ou para ter relações com elas já que as mesmas devem permanecer virgens por toda vida. Nesses rituais de castração as sacerdotisas usam uma adaga para remover o penis e os testiculos depois de castrados estes eunucos são vestidos de mulher e marcados para servir fielmente aquela que os castrou. 
Segundo MONEY (1988), os hijras podem ser considerados tanto indivíduos pertencentes a uma casta quanto a um culto. Possuem uma deusa própria, Bahuchara Mata e pela medicina ocidental podem ser considerados transexuais masculinos.
Ocidentais que lidam com os hjiras, qualquer que sejam as razões, freqüentemente tendem a exagerar a relação deles com a cultura hindu ou com ohinduísmo. Isso não é estranho, já que no Ocidente o hinduísmo tende a ser identificado com "tolerância, paciência e não-violência", enquanto que oislamismo com "terrorismo, fanatismo, opressão". Então, é fato que os europeus, os norte e sul-americanos relacionem automaticamente a questão da diversidade de gênero ao hinduísmo e não ao islamismo. Contudo, a comunidade hijra está tão enraizada no islamismo indo-paquistanês como no hinduísmo em si. Muitos deles, se não a maioria, são muçulmanos – não só no Paquistão e em Bangladesh, mas na secular Índia hindu –, e sua conexão com asdinastias islâmicas que governaram a Índia é motivo de orgulho, inclusive para os hijras que professam o hinduísmo.
Hijra é o termo mais freqüente usado para descrevê-los. É derivado do urdu, a língua poética da cultura islâmica do subcontinente indiano. Outra palavra amplamente usada por eles é khusra, que vem da língua punjabi (noroeste da Índia, nordeste do Paquistão). O termo muçulmano mukhannath (oumuhannas) é também usado em certos contextos, e muitos hijras o preferem. Na literatura inglesa a palavra eunuco é mais freqüentemente empregada para se referir a eles. É correta até certo ponto, ou seja, no caso de esse termo ser relacionado ao pensamento muçulmano medieval do que significava um eunuco: que era basicamente um homememasculado. Contudo, essa idéia pode levar a imagens enganosas de que os hijras são "homens castrados", já que em sua esmagadora maioria são transexuais, transgêneros ou intersexuais.
Alguns hijras afirmam que sua sociedade já foi conhecida da Índia à Espanha, quando da antiga extensão do Império Otomano. Alguns outros, que fizeram os Hajj (peregrinação a Meca) insinuam uma conexão próxima entre sua sociedade e a antiga comunidade dos eunucos que guardavam o túmulo do profeta Maomé e o sagrado mosteiro de Meca. Levando isso em consideração, as comunidades muçulmanas hijras de hoje em dia são os únicos sobreviventes intactos da sociedade mukhannath islâmica medieval, tendo até mesmo ligações antigas com as tradições hindus.

HIJRAS NA POLÍTICA
Na índia, uma hijra (como são conhecidos os transexuais indianos) chamada Shabnam Mausi (literalmente: "tia Shabnam") fez história por se tornar a primeira hijra a ser eleita para a Assembléia Legislativa Nacional (aos eunucos indianos só foi permitido direito de voto em 1994). No novo milênio várias hijras ganharam destaque no estado de Madhya Pradesh. Cinco delas, incluindo Shabnam, batizadas como 'paanch Pandavas' (cinco Pandavas), foram eleitas para vários quadros públicos. Kamla Jaan tornou-se prefeita de Katni, enquanto Meenabai a presidente da câmara do município de Sehora, a mais antiga entidade cívica do país.

4 comentários:

  1. Este site ta cada dia melhor Parabens amiga!
    Da ate medo de pensar nestes rituais de castração. Fiz vasectomia e doi com força na hora, imagina cortar tudo.
    Ja li dezenas de sites, mas é a primeira vez que vejos os termos: transgêneros ou intersexuais. Rs, vale uma postagem.
    O que é mais estranho é ler varias publicações em que países diferentes do nosso, ate com situação financeira mais em desvantagem, as pessoas aceitam e respeitam as diversificações sexuais.
    Aqui se nao falem mau das pessoas eles matam.
    Mais uma vez. Parabéns Gi pela excelente postagem!

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  2. De fato,é interessante ver países com IDH menor,darem um banho de civilidade no Brasil,que apesar de ser ocidantal e intitulado "moderno" está anos-luz atráz de civilizações tão antigas...
    Além da Índia e Paquistão,as transexuais são tb super valorizadas na tailândia onde ficam os melhores cirurgiões especializados em mudança de sexo. Esse país,apesar de ser um pólo de comércio sexual gigantesco,acolhe uma transexual como nenhum outro,lá por incrível que pareça elas são mais respeitadas que as mulheres...
    Por isso que não devemos esmorecer,mas trazer á baila exemplos como esses para que se reflita mais nesse país tropical...tão belo,mas tão carente de sociabilidade..
    Eu agradeço seus elogios e visitas,que fazem parte da história desse blog..beijossssss com sabor de criança...
    Me segue no twitter @giselleasthon

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  3. oi gata conheci seu glog agora e gostaria de pedi uma coisa estou comesando meu agor ae queria porta sua mateia no meu pois sachei muito enteresante..... mais vou coloca voce como altora e seu blog como referensia
    bjos agradecida

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  4. Olá Marry. Agradeço pela atenção e fico feliz por escolher o Giselle Ásthon News como referência,quanto à postagem, fique à vontade e não deixe de visitar e conferir nossas novas matérias. Te desejo sucesso no seu blog e muita dedicação,pois será imprescindível.
    Beijos e volte sempre

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